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    Chikungunya

    É uma arbovirose cujo agente etiológico é transmitido pela picada de fêmeas infectadas do gênero Aedes.



    Aedes aegypti. Foto: NIH


    No Brasil, até o momento, o vetor envolvido na transmissão do vírus chikungunya (CHIKV) e o Aedes aegypti (Organizacion Panamericana de la Salud, 2011). O vírus chikungunya (CHIKV) foi introduzido no continente americano em 2013 e ocasionou uma importante onda epidêmica em diversos países da América Central e ilhas do Caribe.

    Destaca-se que a doença pode evoluir em três fases:

    1. Febril ou aguda: tem duração de 5 a 14 dias
    2. Pós-aguda: tem um curso de até 3 meses.
    3. Crônica: Se os sintomas persistirem por mais de 3 meses após o início da doença, considera-se instalada a fase crônica.

    Em mais de 50% dos casos, a artralgia (dor nas articulações) torna-se crônica, podendo persistir por anos.

    Sintomas

    — Febre.
    — Dores intensas nas articulações
    — Dor nas costas
    — Dores pelo corpo.
    — Erupção avermelhada na pele
    — Dor de cabeça.
    — Náuseas e vômitos.
    — Dor retro-ocular
    — Dor de garganta
    — Calafrios
    — Diarreia e/ou dor abdominal (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças).

    Manifestações

    Nervoso - Meningoencefalite, encefalopatia, convulsão, síndrome de Guillain-Barré, síndrome cerebelar, paresias, paralisias e neuropatias.

    Olhos - Neurite óptica, iridociclite, episclerite, retinite e uveíte

    Cardiovascular - Miocardite, pericardite, insuficiência cardíaca, arritmia e instabilidade hemodinâmica.

    Pele - Hiperpigmentação por fotossensibilidade, dermatoses vesiculobolhosas e ulcerações aftosa-like.

    Rins - Nefrite e insuficiência renal aguda.

    Outros - Discrasia sanguínea, pneumonia, insuficiência respiratória, hepatite, pancreatite, síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético e insuficiência adrenal.

    Diagnóstico

    O diagnóstico da chikungunya é clínico e feito por um médico. Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em caso de confirmação da doença a notificação deve ser feita ao Ministério da Saúde em até 24 horas.

    Casos suspeitos

    Indivíduo que apresentar febre de início súbito maior que 38,5ºC e artralgia ou artrite intensa (dor nas articulações e/ou juntas) de início agudo, não explicado por outras condições, residente em (ou que tenha visitado) áreas com transmissão até duas semanas antes de começar os sintomas, ou que tenha vínculo epidemiológico com caso importado confirmado.

    Casos confirmados

    É todo caso suspeito de chikungunya confirmado laboratorialmente por isolamento viral positivo, detecção de RNA viral por RT-PCR, detecção de IgM em uma única amostra de soro durante a fase aguda (a partir do 6º dia) ou convalescente (15 dias após o início dos sintomas), demonstração de soro conversão entre as amostras na fase aguda (1a amostra) e convalescente (2a amostra) ou detecção de IgG em amostras coletadas de pacientes na fase crônica da doença, com clínica sugestiva.

    Tratamento

    O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas. Até o momento, não há tratamento antiviral específico para chikungunya. A terapia utilizada é analgesia e suporte. É necessário estimular a hidratação oral dos pacientes e a escolha dos medicamentos devem ser realizadas após a avaliação do paciente, com aplicação de escalas de dor apropriadas para cada idade e fase da doença.

    Em casos de sequelas mais graves, e sob avaliação médica conforme cada caso, pode ser recomendada a fisioterapia. Em caso de suspeita, com o surgimento de qualquer sintoma, é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico e prescrição dos medicamentos, evitando sempre a automedicação.

    Prevenção

    Assim como a dengue, Zika e febre amarela, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos Aedes aegypti nas suas casas, trabalhos e na vizinhança.

    A melhor prevenção, sendo esta a principal e mais eficaz, é evitar a proliferação do mosquito eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e em manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos como tampas de garrafas.

    Recomenda-se as seguintes medidas de proteção individual:

    — Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas.
    — Usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação. Deve ser observada a existência de registro em órgão competente. Repelentes de insetos contendo DEET, IR3535 ou Icaridina são seguros para uso durante a gravidez, quando usados de acordo com as instruções do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo 3 vezes ao dia.
    — A utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado. (Ministério da Saúde Brasil)




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