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    Descoberta Molécula que estimula o sistema imunitário a combater o cancro

    Helena Florindo, Rita Acúrcio, Rita Guedes – Instituto de Investigação do Medicamento (iMed.ULisboa) da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL) – e Ronit Satchi Fainaro – Universidade de Tel Aviv – são os nomes que compõem o grupo de investigação que descobriu uma molécula capaz de estimular as próprias células imunológicas dos doentes a combater vários tipos de cancro.



    Uma célula T assassina (azul) do sistema imunológico está atacando uma célula-alvo. Um patch de moléculas de sinalização (rosa) que se reúne no local do contato célula-célula indica que o CTL identificou um alvo. Os grânulos líticos (vermelhos) que contêm componentes citotóxicos viajam ao longo do citoesqueleto microtúbulo (verde) até o local de contato e são secretados, matando o alvo. Foto: Alex Ritter, Jennifer Lippincott Schwartz, Gillian Griffiths, National Institutes of Health


    Esta investigação vem no seguimento de estudos anteriores, que descobriram como libertar os “travões” do sistema imunitário, como as proteínas CTLA-4, PD-1 e PD-L1, que impedem a ação dos linfócitos T na luta contra o cancro.

    Ao aplicar estas técnicas de bloqueio destas proteínas, ficou comprovada a melhoria da resposta anti-tumoral de doentes com vários tipos de cancro, sem os efeitos colaterais graves, típicos dos tratamentos com quimioterapia.

    Rita Acúrcio, a primeira autora deste estudo, utilizou recursos computacionais e bioinformáticos para encontrar pequenas moléculas que tivessem capacidade de inibir essas proteínas.

    Os resultados, obtidos após estudos feitos em ratinhos que produzem proteínas PD-1 e PD-L1 humanas, foram “um controlo do crescimento do tumor [e] um aumento do número de células imunológicas ativas” na massa sólida do tumor, refere a investigadora e professora da FFUL, que acrescenta que “os próximos passos envolverão a avaliação da sua eficácia quando administrada por via oral, uma vez que tal constituiria uma alternativa bastante importante para os doentes”. (Universidade de Lisboa)

    14 DE DEZEMBRO DE 2022



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