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    Feohifomicose

    Feohifomicose é uma micose subcutânea causada por fungos demáceos escuros e pigmentados pela melanina.



    Feohifomicose. Foto: Drew Hays/Unsplash


    Essa doença acomete indivíduos imunocompetentes e imunocomprometidos, sendo nestes considerada como infecção oportunista.

    Causas

    A feohifomicose é causada por fungos saprófitos escuros, principalmente os gêneros Exophiala, Alternaria e Wangiella. Os indivíduos geralmente adquirem a infecção pela implantação acidental do fungo na pele, por meio de um trauma, decorrente do manuseio do solo ou material orgânico ou objetos contaminados, relacionado às atividades laborais.

    Sintomas

    Clinicamente, a feohifomicose é classificada como superficial, cutânea, subcutânea e sistêmica. As lesões cutâneas e nódulos subcutâneos são sinais mais comuns da doença. Também incluem na sintomatologia, a sinusite invasiva, com ou sem necrose óssea, ceratite, massas pulmonares, osteomielite, artrite micótica, endocardite e abcesso cerebral.

    Transmissão

    Não há transmissão de homem a homem, nem de animais para o homem.

    Diagnóstico

    A feohifomicose pode ser diagnosticada por meio de uma correlação entre os dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais.

    A confirmação diagnóstica laboratorial é feita por meio do isolamento do fungo obtido de material clínico submetido à exame micológico e/ou histopatológico.

    O resultado negativo em amostras suspeitas não afasta o diagnóstico.

    Distingue-se da cromoblastomicose e do micetoma pela ausência de resultados histopatológicos específicos.

    Tratamento

    O tratamento dever ser realizado após a avaliação clínica, com orientação e acompanhamento médico. Indivíduos não diagnosticados no estágio inicial da doença podem necessitar de terapia a longo prazo com antifúngicos, associados ou não a métodos físicos, como desbridamento cirúrgico.

    Os antifúngicos utilizados para o tratamento da feohifomicose são o itraconazol e as formulações lipídicas de anfotericina B. O Sistema Único de Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, oferece gratuitamente o itraconazol e o complexo lipídico de anfotericina B para o tratamento dos pacientes diagnosticados com feohifomicose.

    Prevenção

    A principal medida de prevenção e controle a ser tomada é evitar a exposição direta ao fungo.

    É importante usar equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas e roupas de mangas longas e uso de calçados ou botas em atividades que envolvam o manuseio de material proveniente do solo e plantas, ou demais atividades agrícolas.

    Os indivíduos com lesões suspeitas de feohifomicose devem procurar atendimento médico, preferencialmente um dermatologista ou infectologista, para investigação diagnóstica e tratamento. (Ministério da Saúde Brasil)




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