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    Malária

    A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego.



    Glóbulos vermelhos infectados com parasitas da malária Micrografia eletrônica de varredura colorida de glóbulos vermelhos infectados com parasitas da malária (azul). As pequenas saliências na célula infectada mostram como o parasita remodela a célula hospedeira, formando saliências chamadas “protuberâncias” na superfície, permitindo-lhe evitar a destruição e causar inflamação. As células não infectadas (rosa) têm superfícies mais lisas. Foto: National Institute of Allergy and Infectious Diseases


    A malária também é conhecida como impaludismo, paludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã maligna, além de nomes populares como maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou febre.

    Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma.

    Porém, uma imunidade esterilizante, que confere total proteção clínica, até hoje não foi observada. Caso não seja tratado adequadamente, o indivíduo pode ser fonte de infecção por meses ou anos, de acordo com a espécie parasitária.

    No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentram na região amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Na região extra-amazônica, composta pelas demais unidades federativas, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois a letalidade nesta região é maior que na região amazônica.

    A malária é uma doença infecciosa causada por um parasito do gênero Plasmodium, que é transmitido para humanos pela picada de fêmeas infectadas dos mosquitos Anopheles (mosquito-prego). Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer.

    Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno. Portanto, não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir malária diretamente a outra pessoa.

    A malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Entretanto, a doença pode evoluir para suas formas graves se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada

    Sintomas

    Os sintomas mais comuns da malária são:

    • febre alta;
    • calafrios;
    • tremores;
    • sudorese;
    • dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.

    Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

    A malária grave caracteriza-se por um ou mais desses sinais e sintomas:

    • prostração;
    • alteração da consciência;
    • dispneia ou hiperventilação;
    • convulsões;
    • hipotensão arterial ou choque;
    • hemorragias;
    • Entre outros.

    As gestantes, as crianças e as pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas a maior gravidade da doença, principalmente por infecções pelo P. falciparum, que, se não tratadas adequadamente e em tempo hábil, podem ser letais.

    Transmissão

    A malária é transmitida através da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium.

    O mosquito anofelino também é conhecido como carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda. Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno.

    Apenas as fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles são capazes de transmitir a malária. A malária não pode ser transmitida pela água.

    Os locais preferenciais escolhidos pelos mosquitos transmissores da malária para colocar seus ovos (criadouros) são coleções de água limpa, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia Brasileira. O ciclo se inicia quando o mosquito pica um indivíduo com malária sugando o sangue com parasitos (plasmódios).

    No mosquito, os plasmódios se desenvolvem e se multiplicam. O ciclo se completa quando estes mosquitos infectados picam um novo indivíduo, infectando a pessoa com os parasitos.

    Desta forma, o ciclo de transmissão envolve: o plasmódio (parasito), o anofelino (mosquito vetor) e humanos.

    O período de incubação, ou seja, o intervalo entre a aquisição do parasito pela picada da fêmea do mosquito até o surgimento dos primeiros sintomas, varia de acordo com a espécie de plasmódio.

    Para Plamodium falciparum, mínimo de sete dias; P. vivax, de 10 a 30 dias e P. malariae, 18 a 30 dias. Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa.

    Outras formas de transmissão também podem ocorrer em casos mais raros por: transfusão sanguínea, uso de seringas contaminadas, acidentes de laboratório e transmissão congênita.

    Prevenção

    Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão:

    • uso de mosquiteiros;
    • roupas que protejam pernas e braços;
    • telas em portas e janelas;
    • uso de repelentes.

    Já as medidas de prevenção coletiva contra malária são:

    • borrifação residual intradomiciliar;
    • uso de mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração;
    • drenagem e aterro de criadouros;
    • pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor;
    • limpeza das margens dos criadouros;
    • modificação do fluxo da água;
    • controle da vegetação aquática;
    • melhoramento da moradia e das condições de trabalho;
    • uso racional da terra.

    Profissional de saúde, acesse os calendários do mosquiteiro com orientações para a sua lavagem correta.

    Importante: Não existe vacina contra a malária no Brasil. A vacina disponível serve apenas para alguns países africanos com alta transmissão de malária por Plasmodium falciparum e é exclusiva para crianças pequenas. Algumas substâncias capazes de gerar imunidade para a malária estão sendo estudadas no Brasil e no mundo, mas os resultados encontrados ainda não são satisfatórios para implantação da vacinação como medida de prevenção da malária. Vale ressaltar que no Brasil quase 90% da malária é causada pelo Plasmodium vivax e não há ainda previsão de alguma vacina eficaz para esta espécie.

    Diagnóstico

    O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, pelos métodos diagnósticos especificados a seguir:

    • Gota espessa
    • Esfregaço delgado
    • Testes de diagnóstico rápido (TDRs)
    • Técnicas moleculares
    • Diagnóstico diferencial da malária

    Tratamento

    Após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato.

    O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade e o peso do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além da gravidade da doença.

    Importante: Quando realizado de maneira correta e em tempo oportuno, o tratamento garante a cura da doença.

    O diagnóstico oportuno seguido, imediatamente, de tratamento correto são os meios mais efetivos para interromper a cadeia de transmissão e reduzir a gravidade e a letalidade por malária. O tratamento da malária visa atingir ao parasito em pontos-chave de seu ciclo evolutivo, que podem ser didaticamente resumidos em:

    a) interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção;

    b) destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas;

    c) interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de medicamentos que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos (gametócitos). (Ministério da Saúde Brasil)




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