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    Material inorgânico com propriedades antimicrobianas

    Um compósito inovador formado por polímero e semicondutor inorgânicos teve a patente depositada a partir de um trabalho de cooperação entre cientistas do Brasil e da Comunidade Europeia, no âmbito do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A patente é compartilhada por UFSCar e Universidade Jaume I, de Castellón, na Espanha.



    Há mais de 30 anos os grupos do Brasil e da Espanha colaboram no desenvolvimento de novos semicondutores multifuncionais. Imagem: CDMF/divulgação


    Os pesquisadores desenvolveram um procedimento para obter um composto semicondutor de metal e carbono com excelentes propriedades antimicrobianas, estabilidade e baixa citotoxicidade, que não precisa ser ativado e pode ser instalado na superfície de vários tipos de material, o que facilita o uso como aditivo e aplicação em setores como saúde, automotivo, equipamentos de construção ou instalação, sensores, catalisadores, entre outros.

    O procedimento utilizado na preparação do material, validado em escala experimental em ambiente laboratorial, é realizado sob condições sintéticas suaves, em baixas temperaturas.

    Elson Longo, diretor do CDMF e um dos responsáveis pelo trabalho, explica que a patente foi desenvolvida a partir de uma nova forma de fazer o recobrimento, obtendo um polímero antimicrobiano.

    “Este material pode ser aplicado nas superfícies da mesma forma que se aplica uma tinta, eliminando 100% das bactérias, tanto as gram-positivas como as gram-negativas”, explica.

    Longo pondera que a patente quebra uma rotina já estabelecida de utilização de compostos orgânicos que aumentam a probabilidade de as bactérias se reproduzirem e formarem superbactérias.

    “Conseguimos um processo mais eficiente do que os orgânicos que oxidam [queimam] fungos e bactérias. A prevenção é uma aliada importante contra a disseminação de bactérias e outros microrganismos, em especial aqueles resistentes a antibióticos.”

    A cooperação internacional entre os cientistas brasileiros e espanhóis foi iniciada há mais de 30 anos, com dedicação especial ao desenvolvimento de novos semicondutores multifuncionais.

    Nessa colaboração internacional, com a associação de métodos teórico-experimentais, são controladas as propriedades dos materiais em função da densidade de defeitos, o que resulta em um melhor desempenho.

    Assim, além da multifuncionalidade, os materiais apresentam valor agregado muito maior. (Agência FAPESP)

    15 DE SETEMBRO DE 2024



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