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Nanopartículas são esperança para aprimorar diagnóstico de câncer de mama
O câncer de mama continua a ser uma preocupação global, exercendo um impacto significativo na vida de inúmeras mulheres ao redor do mundo.
Entre os desafios enfrentados por pacientes diagnosticadas com esta enfermidade, destaca-se a condição daquelas com alta expressão de HER2, uma proteína encontrada em níveis anormalmente elevados na membrana das células cancerígenas.
Tais pacientes enfrentam um risco aumentado de metástase, particularmente para o cérebro, e experimentam uma menor expectativa de vida.
Nesse cenário, um estudo realizado em parceria entre pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Centro Nacional de Pesquisa em Energias e Materiais (CNPEM), do Instituto de Pesquisas Técnológicas (IPT), e do Instituto de Física (IF) da USP, apresenta uma abordagem inovadora para identificar esses pacientes de forma mais rápida e acessível.
A pesquisa propõe a utilização de nanopartículas híbridas, compostas de óxido de ferro e com revestimento polimérico, adequadamente funcionalizadas para detectar esse tipo particular de células tumorais, promovendo um potencial promissor no diagnóstico do câncer de mama.
Além da ampla e aprimorada caracterização do nanomaterial, a qual contou com o apoio do IF, o estudo oferece resultados sobre sua toxicidade e demonstra a viabilidade de sua aplicação.
O trabalho, que contou com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (FIPT), teve origem na tese de doutorado de Cyro von Zuben na Unicamp, e representa um exemplo destacado de colaboração multidisciplinar, envolvendo áreas como física, química, biologia e medicina.
Tal diversidade reflete também a complexidade do projeto, abrangendo desde a caracterização das propriedades do material até seu potencial aplicação clínica.
Embora represente um avanço encorajador no diagnóstico do câncer de mama, o estudo está em estágios iniciais e enfrenta desafios futuros, como ensaios em animais e amostras humanas.
No entanto, os autores acreditam que represente uma esperança tangível para melhorar os resultados clínicos, destacando a importância da colaboração entre diversas áreas e instituições na busca por soluções inovadoras para enfrentar essa doença devastadora. (Jornal da USP)