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Nobel da Paz vai para Nihon Hidankyo, organização japonesa contra armas nucleares
Nihon Hidankyo, uma organização japonesa de sobreviventes dos bombardeamentos dos Estados Unidos de Hiroxima e Nagasáqui, é a vencedora do Nobel da Paz pelo seu ativismo contra as armas nucleares.
Ao fazer o anúncio nesta sexta-feira, 11, o presidente do Comité Norueguês do Nobel disse que o prémio foi atribuído porque o “tabu contra o uso de armas nucleares está sob pressão”.
Jørgen Watne Frydnes afirmou que o Comité do Nobel “deseja homenagear todos os sobreviventes que, apesar do sofrimento físico e das memórias dolorosas, escolheram usar a sua experiência custosa para cultivar a esperança e o compromisso pela paz”.
O diretor da organização também conhecida por Hibakusha, Toshiyuki Mimaki, após ter sido informado do prémio, disse que dará "um grande impulso para demonstrar que a abolição das armas nucleares é possível".
"Será uma grande força para lembrar ao mundo que a abolição das armas nucleares pode ser alcançada", destacou Hidankyo.
Numa primeira reação, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, considerou "extremamente significativo" que o prémio tenha sido concedido à organização"que há muito tempo trabalha pela abolição das armas nucleares".
Os esforços para erradicar as armas nucleares foram também homenageados no passado pelo Comité do Nobel ao atribuir o prémio à Campanha Internacional para Abolição das Armas Nucleares ganhou o Prémio da Paz em 2017 e em 1995 Joseph Rotblat e as Conferências Pugwash sobre Ciência e Assuntos Mundiais levaram o galardão pelos "seus esforços para diminuir o papel desempenhado pelas armas nucleares na política internacional e, a longo prazo , para eliminar tais armas."
No seu testamento, o fundador do prémio, Alfred Nobel que o mesmo deveria ser atribuído ao "maior ou melhor trabalho pela fraternidade entre as nações, pela abolição ou redução dos exércitos permanentes e pela realização e promoção de congressos de paz". (Wikinotícias)