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Nova árvore é descoberta em Ouro Preto e já está em risco de extinção
Uma nova espécie de árvore foi descoberta por pesquisadores do Instituto de Biociências (IB) da USP, em parceria com o Instituto Tecnológico Vale e da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Batizada de Mollinedia fatimae em homenagem à professora Fátima Buturi, a novidade foi encontrada no Parque Estadual do Itacolomi, em Ouro Preto, Minas Gerais.
Parque Estadual do Itacolomi. Foto: Osvaldo Vasconcelos/Wikipedia
“Eu não estava buscando essa espécie, até porque não existiam evidências de sua existência ainda. Quando eu fui para Ouro Preto, vi essa planta e logo identifiquei que ela era pertencente ao grupo que eu estudo”, explica Danilo Zavatin, mestrando em Botânica pelo IB, ao Jornal da USP.
O pesquisador explora a família Monimiaceae, que abrange 26 gêneros e 250 espécies por todo o mundo – desse total, cinco gêneros e 47 espécies podem ser encontradas no Brasil, principalmente no bioma atlântico.
Ele conta que o achado foi uma surpresa para a equipe, seja pela quantidade expressiva de pesquisas sobre a biodiversidade do Parque, seja por conta do próprio fato de encontrar uma nova espécie de árvore.
O risco de extinção da Mollinedia fatimae foi caracterizado como “Criticamente em Perigo”, ou seja, que existe um perigo extremamente alto da espécie ser extinta na natureza.
Sobre suas características físicas, Zavatin destaca a altura (que pode chegar a até 10 metros) e a separação de sexo entre os indivíduos da espécie – o que complexifica o processo de catalogação.
“Isso quer dizer que você vai ter plantas inteiras somente com flores femininas e plantas somente com flores masculinas. Isso dificulta o trabalho em campo porque muitas vezes a floração não está muito bem sincronizada, e achar indivíduos diferentes com o mesmo grau de abertura das flores é um desafio”, explica. O pesquisador não conseguiu averiguar o fruto da árvore. (Camilla Almeida/Jornal da USP)
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