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Prática regular do exercício físico é chave para uma vida mais saudável e feliz
A prática regular do exercício físico está relacionada à melhora da qualidade de vida feminina em todas as fases, como enfatiza o profissional de educação física Savio Camargo, da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN), instituição vinculada à Rede Ebserh.
“Hoje, vivemos mais tempo do que antes e é necessário se importar com a qualidade com que esses anos a mais serão vividos. Um bom padrão de atividade física é determinante para isso”, reforça.
Na infância e na adolescência, a falta de atividade física pode levar a problemas de saúde como a obesidade. É fundamental praticar exercícios regularmente e evitar comportamentos sedentários para proteger a saúde da mulher. Durante a fase reprodutiva, o exercício é ainda mais importante para prevenir doenças crônicas não transmissíveis.
Inclusive, mulheres que se exercitam regularmente durante a gravidez têm menor risco de complicações.
Já para gestantes de alto risco, como diabéticas e hipertensas, o exercício físico pode ser utilizado como estratégia de tratamento para melhorar suas condições clínicas.
“Toda gestante deve ser incentivada e orientada a praticar exercício físico de forma regular, porque a gestante que faz exercício será menos impactada por ocorrências comuns a todas as gestações, como dores nas costas, inchaços ou perda de capacidade respiratória”, explica Savio.
O profissional cita a Diretriz Canadense de Exercício Físico na Gestação (2020), indicando que o exercício para gestantes, atualmente, é visto como uma prescrição específica para reduzir complicações da gravidez e otimizar a saúde no decorrer da vida das duas gerações.
Para as mulheres no climatério, o exercício de força ajuda a reduzir a perda óssea e aumentar a força muscular. Estudos recentes mostram que mulheres fisicamente inativas têm sintomas mais graves no climatério do que as moderadamente ativas.
O exercício melhora a qualidade de vida, previne a osteoporose, diminui o risco de doenças crônicas e reduz episódios de ansiedade e depressão.
Outro ponto relevante é que a prática regular de exercícios físicos pode ajudar a prevenir o câncer de mama. Isso ocorre, principalmente, porque o exercício aumenta a oxigenação das células, impactando os mecanismos de reparo do DNA e desacelerando a depreciação celular.
Além disso, a atividade física, mesmo leve, ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue — associados ao surgimento do câncer.
“Por isso, mesmo sem exercício físico regular, reduzir o tempo em comportamento sedentário está associado a resultados metabólicos favoráveis, incluindo melhor tolerância à glicose e perfil lipídico mais adequado”, orienta Sávio. (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)